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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Graça Reformadora

Foi no dia 31 de outubro de 1517. Quase 500 anos atrás. Um jovem monge fixava na porta de uma catedral 95 teses com o objetivo de chamar a atenção para vários equívocos na igreja da época. Havia grande contradição entre aquilo que a igreja pregava e aquilo que ela praticava. Enquanto o clero vivia no luxo os camponeses e artesãos viviam uma situação de miséria. Muita gente estava insatisfeita com a Igreja. Vários movimentos na Europa do século 14 e 15 já indicavam o desejo por mudanças. Dentre os diversos motivos que deflagraram a Reforma, o principal foi a venda de indulgências na Alemanha. A igreja, sob a liderança do papa Leão X, necessitava de dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro em Roma. O monge Tetzel era encarregado de vender as indulgências levando este comércio ao máximo.

Martim Lutero era um homem extremamente exigente consigo mesmo. Desejava por todas as formas agradar a Deus e ver-se livre do tormento do Diabo. Outra coisa que passou a incomodar fortemente o jovem monge foi a venda de indulgências por parte da igreja. As indulgências eram vendidas sob a promessa de que aqueles que as adquirissem estariam livres do tormento do purgatório. A pessoa poderia, inclusive, pagar pela libertação da alma de parentes que já haviam falecido. Assim, milhares de pessoas entregavam o pouco que tinham para o seu sustento em troca de uma "salvação" prometida pelos lideres eclesiásticos. Toda essa religiosidade de trocas, de comércio com o sagrado, de auto-exigência, oprimia Lutero que cada vez mais percebia a incoerência entre aquilo que a igreja ensinava e aquilo que as Escrituras revelam. Foi somente depois de compreender a graça de Deus que Lutero pôde sentir o alívio e a verdadeira libertação do Evangelho. Lendo a carta de Paulo aos Romanos descobriu que "o justo viverá pela fé" (Romanos 1.17). A mensagem do Evangelho é que Jesus Cristo morreu pelos pecados e não há mais a necessidade de indulgências para o perdão ou remissão da pena. Isso foi libertador e desencadeou um processo que mudaria o mundo.

Suas teses abalaram a Europa. O Papa exigiu retratação. Lutero foi ameaçado de excomunhão se não negasse publicamente os seus escritos. Ao que respondeu: "Nada posso retirar dos meus livros, se não for convencido com claro testemunho das Sagradas Escrituras. Não quero e não posso retratar-me, porque não é correto um cristão falar contra a sua consciência. Aqui estou; não posso ser diferente; que Deus me ajude". Lutero foi excomungado e passou a dedicar-se à reforma da igreja. Reforma que transcendeu o movimento religioso, gerando implicações econômicas, políticas e sociais. O mundo nunca mais foi o mesmo. No entanto, muitas pessoas continuam preferindo as indulgências em vez da graça.

Conheça um pouco mais da trajetória de Martim Lutero através do filme:

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