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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Graça x Karma

A noção de reencarnação é fruto da ideia do karma. O conceito de karma diz que toda ação vem acompanhada de uma reação. Tudo aquilo que uma pessoa fizer virá acompanhado de uma recompensa ou pelo devido castigo. E, como uma única vida não é suficiente para a recompensa e o castigo adequado, várias reencarnações serão necessárias. Poderíamos dizer que em várias questões da vida e, na maneira como o Universo foi feito, as coisas são assim mesmo: ação seguida por uma consequência. O Apóstolo Paulo conhecia bem essa lei: “Pois o que o homem semear, isso também colherá” (Gálatas 6.7).

A redenção e a ressurreição, como apresentados nas Escrituras Sagradas, não podem ser harmonizadas com a doutrina da reencarnação. Pois esta elimina qualquer necessidade de um redentor e despreza totalmente a matéria, não admitindo, assim, o corpo como algo bom que foi criado por Deus. Trata-se de uma diferença de princípios. Ou haverá a ressurreição do corpo ou haverá inúmeras reencarnações em busca de superar o corpo. Na doutrina da reencarnação a salvação não é algo compreendido como a redenção do corpo (e, como ensina a Bíblia, de toda a criação de Deus), mas como a libertação do corpo (e de toda matéria que compõe o mundo físico). Assim, não se trata de apenas travar uma disputa religiosa ou de querer menosprezar uma crença diferente. Queremos apenas esclarecer as diferenças.

É verdade que colhemos muitas consequências pelos nossos atos. O próprio Deus alertou desde o início que a consequência pela desobediência e pecado seria a morte (Genesis 2. 17). Mas, é exatamente neste ponto que o Evangelho faz toda a diferença. Jesus quebra a lei do karma. Nas palavras de Paulo: “Não há distinção, pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3. 22-24). Portanto, incapazes de produzir as obras suficientes para colhermos a nossa salvação, foi necessário uma intervenção drástica.

 Deus interviu, permitindo que fôssemos “justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3. 24). Assim, a dificuldade de muitos de nós está em aceitar que Jesus quebra a lei do karma. A graça de Deus nos permite receber aquilo que não merecemos: o perdão dos pecados e a salvação eterna. Cremos num Deus que intervém. Essa graça, quando compreendida, não gera pessoas acomodadas ou orgulhosas. Mas, deveria encher-nos de alegria e de profunda gratidão. Afinal, a liberdade para a qual Cristo nos libertou é algo incomparável!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Espírito x Matéria

O ser vivente surge no momento em que a “escultura” feita do pó da terra recebe o fôlego de vida (Genesis 2. 7). Por que é tão importante resgatarmos isso em nossos dias? Escutamos muitos relatos sobre fantasmas, espíritos, reencarnação, enfim, uma separação entre corpo e alma ou entre matéria e espírito. E, embora muitas pessoas tentem justificar essas idéias pelas Escrituras, a Bíblia não oferece base suficiente para esse tipo doutrina estranha. Na antiga cultura hebraica via-se a pessoa como um ser integral. Era assim que se concebia o ser humano, como uma unidade.

 Embora já presente em outras culturas, a idéia que separa espírito e matéria se desenvolve na cultura grega. Com a mistura de antigas crenças pagãs e a filosofia de Platão ocorre o fortalecimento de questões que evoluíram para a conhecida doutrina da reencarnação. O Apóstolo Paulo também se viu confrontado com idéias que negavam a ressurreição. Para os gregos, a matéria era impura, portanto, má. Só o espírito é puro, mais elevado, correspondendo ao mundo ideal. Também o cristianismo sofre até hoje forte influência desta visão platônica. É na idéia da reencarnação, no entanto, que essa doutrina está mais presente em nossos dias. Os reencarnacionistas creem que para alcançar a perfeição (salvação) precisam libertar-se do corpo (a matéria má) e alcançar a pureza espiritual. A alma imortal precisa libertar-se do corpo mortal.

 Enquanto que no cristianismo o inimigo a ser vencido é a morte (I Coríntios 15. 26), nas filosofias e doutrinas dualistas que separam matéria e espírito o inimigo é a matéria, o corpo, o físico... Logo, como alcançar a perfeição? Conclui-se que fica anulada qualquer possibilidade de redenção por meio de um Salvador. Cada um é responsável por sua própria peregrinação tendo que somar pontos através das obras de caridade. É um ciclo que segue até que a alma encontre a paz e a perfeição. Como uma vida pode ser curta para isso, o espírito pode reencarnar-se inúmeras vezes.

Como duas verdades opostas não podem ambas ser verdade sobre uma mesma questão, existem os debates e a apologia que cada filosofia ou religião faz de sua versão sobre as mais diversas questões da vida. Os cristãos crêem na ressurreição. E, a base mais sólida para isso é a ressurreição do próprio Jesus Cristo. Negar isso é negar a história. Nada mais poderia causar o impacto necessário para dar origem à igreja. Mas, o argumento histórico, por si só, não pode obrigar alguém a acreditar. Fato é que se Jesus não ressuscitou, isso tem implicações sérias para o mundo e a vida humana. É algo que vai além de meras crenças religiosas subjetivas e sem importância!

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