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terça-feira, 26 de junho de 2012

Descanse em Deus

O sentido da vida é uma busca constante do ser humano. Outros talvez digam que é a felicidade. Porém, nenhuma felicidade é possível enquanto persistir o vazio da alma. Muitas são as ofertas de consumo que prometem felicidade e realização: desde o sorriso artificial da propaganda de creme dental até as “vantagens” e “segurança” daquele cartão de crédito. Como ninguém quer ser conhecido pela testa franzida e pelo mau humor, sempre há a opção de fingir. A alegria se reduz as circunstâncias: a balada no final de semana, o carro novo, a esperança nas loterias, uma casa maior, novas experiências religiosas, etc. Além da tentativa desesperada de iludir os outros, tarefa ainda mais ingrata é iludir a si mesmo.

Lembro a estória do homem infeliz que, cansado de tudo, resolve buscar a solução para os seus problemas naquele que julga ser sua última esperança: Um conhecido médico da cidade. Este, após ouvir a longa e triste história de vida daquele homem, resolve indicar um remédio – Esse remédio é muito bom, com certeza a sua alegria voltará. – Oh, Doutor! – responde o homem desanimado – esse eu já tomei por longo tempo até que desisti, não fez nenhum efeito. O médico lembra então de um famoso psicólogo, amigo seu: - Ele é um dos melhores profissionais do país, com certeza resolverá o seu problema - Mas, a tristeza e a desesperança parecem só aumentar – É Doutor, Já passei por esse psicólogo e por muitos outros, o senhor é a minha última esperança. Frustrado e sem saber mais o que fazer, o médico se recosta na cadeira e fica um breve tempo em silêncio. De repente, ele começa a falar novamente – Sabe! Ontem fui com minha família ao novo circo que chegou a cidade. Lá eles têm um palhaço muito engraçado. É praticamente impossível permanecer triste com as suas brincadeiras e travessuras. Nós nos divertimos muito. Porque o senhor não dá uma passada lá hoje à noite!? – Desolado, aquele homem triste, se preparando para sair, diz: - Pois é Doutor! Acho que realmente não há esperança para mim. Aquele palhaço “alegre” lá no circo, sou eu!

Essa ilustração mostra a realidade de muitos “palhaços” que vivem pela cidade. O que fazer quando não dá mais para representar? E quando o simples pensamento positivo não resolve o problema real? A alegria é que torna a vida mais gostosa e mais plena. Nos dias de hoje, a alegria começa na nossa capacidade de descansar. “Descanse somente em Deus, ó minha alma; dele vem a minha esperança. Somente ele é a rocha que me salva; ele é a minha torre alta! Não serei abalado!” (Salmo 62. 5 e 6). Mas, só dá para descansar quando sabemos que o suficiente já foi feito e, não dependia de nós. Fazer de conta é coisa que suportamos somente por algum tempo.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sobre Olhos e Coração

Quando viajo, uma das coisas que eu gosto de fazer é observar a paisagem. Sei que muitos são como eu. Campos, montanhas, rios, lagos, casas, plantações, o encontro entre céus e terra no horizonte distante... Você, leitor, que também gosta de contemplar pela janela, já deve ter percebido que esta se torna uma tarefa quase impossível de realizar enquanto dirigimos. Não dá para focar simultaneamente a estrada à nossa frente e a paisagem ao longo do caminho. Até podemos arriscar-nos e olhar de vez em quando para os lados, porém, a nossa direção torna-se insegura. Isso porque, no sentido pleno, o nosso olho consegue visualizar um objeto de cada vez. Quando dirigimos olhamos ou para o frente ou para o lado. Não dá para fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

 Em seu sermão da montanha Jesus disse algo a respeito do olho: “Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas. Portanto, se a luz que está dentro de você são trevas, que tremendas trevas são!” (Mateus 6:22-23). Além de “bom” ou saudável”, daria para traduzir aqui que o olho é “simples”. Não quero entrar na complexidade que a ciência pode explicar sobre o olho e como ele funciona. O que Jesus parece estar dizendo é que se o seu olhar for simples, focado numa direção, com clareza e atenção, então o seu corpo será dirigido correta e seguramente pelo olho. A caminhada torna-se reta, iluminada, clara. Um olhar dividido e que foca dois caminhos gera insegurança, pois todo o seu ser parece conduzido para o escuro. A caminhada de fé, portanto, pode tornar-se conturbada e sombria.

 Não é apenas em nosso coração que não podemos servir a dois senhores (Mateus 6:24), mas também isso acontece com os nossos olhos. Podemos deixar-nos dirigir por apenas duas perspectivas. Quem serve a Jesus Cristo e de forma autêntica procura segui-lo, sabe que não há mais lugar para nenhum competidor. Um mero coração ou, olhar dividido, já é suficiente para que o carro de nossa vida saia da estrada e se lance no precipício. Por qual perspectiva eu tenho me deixado guiar? Lembro aqui uma frase de C. S. Lewis que dizia "eu acredito no Cristianismo como acredito no brilho do sol, não simplesmente porque eu o veja, mas porque, através dele, posso ver todas as outras coisas". Sim, Jesus é redentor e isso implica que ele restaura-nos da natureza caída em pecado. Podemos sofrer ainda muitas consequências de uma criação corrompida, mas, ao seguirmos a Cristo, começamos a deixar que ele nos oriente desde o nosso jeito de olhar.

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