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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Realidade

Apesar de muitas pessoas reconhecerem nos Dez mandamentos leis que representam a boa vontade de Deus, é ainda desconhecido para muitos o fato de que eles não resumem e nem encerram toda a lei de Deus. Por vivermos uma época em que as pessoas desvincularam a fé de toda racionalidade e do mundo natural, acabamos vendo a religião como alguma coisa intimista, relegada ao âmbito privado da vida de cada um. A fé cristã, no entanto, que pressupõe um Deus na origem e como fundamento de todas as coisas, não aceita essa privatização. Afinal, não existe nenhuma realidade, nenhum lugar, nada que fique fora do âmbito da ação e do conhecimento de Deus. Não existe absolutamente nada com o que Deus não se importe ou sobre o que Ele não possa nos instruir. Por ser um Deus pessoal e que se comunica Ele criou seres humanos que se comunicam e se relacionam. E, temos também a capacidade de criar, de investigar e de discernir. 

Apesar de não termos condições de saber todas as coisas de uma forma exaustiva, fato é que podemos conhecer. Temos acesso ao mundo e à realidade e sabemos que algo existe. E, somente porque sabemos que algo existe é que podemos também investigar essa realidade e descobrir coisas. É por isso que a fé cristã foi decisiva para a ciência moderna, por exemplo. Uma fé que não acredita na realidade ou que ignora o fato de que algo esteja aí para ser investigado, não poderia fomentar o estudo e a pesquisa investigativa. Não há como fazer ciência a respeito de uma ilusão. Por isso, a fé cristã não teme a dúvida, as perguntas e a ciência. Pelo contrário. A fé cristã não é um salto no escuro. Devemos utilizar toda capacidade que Deus nos deu para buscar respostas. E, somente depois, decidir. A fé não consiste em abrir mão do bom raciocínio. “Não pense, apenas creia”, é uma frase enganosa e sem fundamento na fé cristã.

Precisamos admitir que muitos cristãos têm vivido uma fé pela fé. Por não enxergarem mais a grandeza de Deus e a abrangência de sua vontade, sua fé se resume a ritos, chavões e práticas que mais se assemelham à religiosidade pagã que busca manipular o sagrado a seu favor. Compreender um Deus cuja criação revela o seu amor e se deixar moldar por sua vontade está fora de cogitação. Resta, assim, uma fé mesquinha e intimista que busca apenas aquilo que nos faça sentir melhor. Deus é diminuído ao ponto de não ser mais nada além de uma força espiritual que me massageia o ego e abençoa conforme eu lhe puder oferecer bons serviços religiosos, seja através de sacrifícios, participação em rituais ou oferendas, oferta de objetos ou dinheiro. Logo, não é mais o Deus todo-poderoso e criador do Universo a quem estamos adorando, mas, um ídolo que criamos e nutrimos em nossos corações.

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