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segunda-feira, 24 de junho de 2013

A Cada Um o Que Lhe é Devido

Escrevendo para a igreja de Roma, o apóstolo Paulo apresenta um trecho interessante e que deveria ser motivo de reflexão neste momento que o Brasil está vivendo. Já naquela época Paulo trata de questões que envolvem a relação entre cristãos (igreja) e Estado. A época e o contexto político obviamente são diferentes. Paulo não está falando de nenhum Estado cristão. Também sequer está falando de governantes cristãos. O cristianismo era marginal, estava iniciando. Não havia governantes cristãos ou alguma coisa parecida com um Estado cristão. Pelo contrário, eram todos romanos ou judeus e, na maioria dos casos, bastante hostis aos cristãos. Refiro-me ao trecho de Romanos 13. 1-7.

Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas. Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos. Pois os governantes não devem ser temidos, a não ser pelos que praticam o mal. Você quer viver livre do medo da autoridade? Pratique o bem, e ela o enaltecerá. Pois é serva de Deus para o seu bem. Mas se você praticar o mal, tenha medo, pois ela não porta a espada sem motivo. É serva de Deus, agente da justiça para punir quem pratica o mal. Portanto, é necessário que sejamos submissos às autoridades, não apenas por causa da possibilidade de uma punição, mas também por questão de consciência. É por isso também que vocês pagam imposto, pois as autoridades estão a serviço de Deus, sempre dedicadas a esse trabalho. Deem a cada um o que lhe é devido: Se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra” (Romanos 13:1-7).

Nosso partidarismo pode fazer com que tenhamos diferentes reações diante destas palavras. Alguns podem celebrá-lo, outros condená-lo. Enquanto para alguns o texto não passa de manipulação religiosa para manter as coisas como estão, outros o tomam como justificativa para falar contra toda e qualquer manifestação. As reações aos acontecimentos em torno das manifestações no Brasil tornaram-se uma disputa ideológica. As leituras mais superficiais veem tudo como uma disputa entre esquerda e direita. Enquanto permanecer esse tipo de disputa partidária e ideológica do poder pelo poder, as razões legítimas que levam o povo a clamar nas ruas mais uma vez ficam em segundo plano. E, o que é pior, não importa quem, no final, vencerá a guerra, o mais importante não é o que se pode agora fazer pelo povo, mas, apenas impor a sua agenda pelo poder absoluto. Enquanto se desenrola batalha após batalha na luta pelo poder, a única certeza que se têm é que os perdedores continuam os mesmos.

Para ler mais sobre o meu pensamento a respeito de como os cristãos deveriam se colocar frente às ideologias e pluralidade de propostas, lei o artigo O Cristão Retém O que é Bom.

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