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segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Sem Corações Transformados Não Haverá Nação Transformada

Quando no dia 31 de outubro de 1517 o monge Martim Lutero pregou 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg, na Alemanha, a situação religiosa era bastante desfavorável ao povo. Uma igreja que concentrava o poder e a informação impedia o acesso das pessoas de modo que havia muita insatisfação. Relíquias eram literalmente vendidas pelos líderes religiosos. A cada dia surgiam novos badulaques que eram oferecidos às pessoas em forma de amuletos que prometiam a benção de Deus. Desde pedaços da cruz de Cristo até ossos do Apóstolo Pedro, tudo servia aos interesses de clérigos inescrupulosos que estavam longe das reais necessidades do povo. Muito do dinheiro arrecadado com as indulgências serviria para a construção de um grande templo. Considerável parte do clero estava totalmente corrompida.

O mais impressionante é que muitas coisas não mudaram depois destes quinhentos anos. É claro que muito se aprendeu, as instituições mudaram, os tempos são outros. Mas, assim como na história está registrado, a maldade humana não tem cor, partido, ideologia ou religião. Simplesmente dizer que “a religião mata” ou que “o capitalismo é o mal do Ocidente” é incorrer num equívoco que apenas favorece a violência e a intolerância. Quando Lutero compreendeu que “o justo viverá por fé” (Romanos 1. 17), ele já sabia também que “não há nenhum justo, nem um sequer” (Romanos 3. 10). Com isso estamos dizendo que o mal não está no outro apenas ou, numa força impessoal, mas, em mim mesmo.

 Enquanto não compreendermos que somos todos falhos, limitados, sujeitos ao erro, dados ao orgulho, à ganância, à cobiça, enfim, pecadores, será difícil uma abertura sincera e humilde capaz de gerar a mudança tanto almejada. A revolução que muitos defendem ignora que o revolucionário não é melhor que aqueles a quem procura destruir. A história não nos deixa mentir. Seja no âmbito político, econômico ou religioso, segue-se uma sucessão de erros e acertos. Também as igrejas que surgiram com a Reforma no século dezesseis, não tardaram em demonstrar que as instituições que criamos apenas refletem aquilo que está em nosso coração. As mazelas, infelizmente, não são privilégio apenas desta ou daquela religião (Romanos 3. 23).

Uma lição que tiramos da Reforma Protestante é que Deus continua fiel aos seus propósitos. Ele está sempre pronto a auxiliar homens e mulheres que humildemente ousam submeter-se aos seus desígnios. A revolução protestante questionou o status quo da época, mas, isso foi fruto da contestação de um monge que lutava primeiro contra si mesmo! E, Lutero não foi o único, graças a Deus!

Mais sobre a Reforma Protestante neste blog:
A Porta de Wittenberg
Graça Reformadora
Sempre em Reforma
Réplicas...
Sacerdócio Geral

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