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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Obstáculos ao Trabalho em Equipe

Apesar de no contexto da Igreja Evangélica de Confissão Luterana (IECLB) existir o discurso e até mesmo um documento que fala sobre o Ministério Compartilhado, são poucas as paróquias onde o trabalho em equipe entre ministros ordenados de fato acontece. Obviamente não precisamos nos restringir ao ministério ordenado para falar a respeito do trabalho em equipe na igreja. No entanto, o documento mencionado se aplica especialmente a este caso. A IECLB, lembremos, possui quatro ministérios para os quais reconhece a ordenação oficial: pastoral, missionário, catequético e diaconal.

No entanto, é uma bela herança da Reforma que também devemos destacar aqui e que amplia a possibilidade de envolvimento das pessoas nos trabalhos do ministério cristão na igreja: o sacerdócio geral de todos os cristãos. Com isso, deixamos claro que existe esta realidade mais ampla e necessária na prática e reflexão constante no cotidiano da igreja, bem como para a vocação de cada crente no seu dia a dia.

A pergunta que nos colocamos no momento é a seguinte: quais seriam os motivos que dificultam o trabalho em equipe entre ministros ordenados da igreja? Várias respostas podem surgir. Desde falta de recursos suficientes para manter mais de um ministro até a própria falta de ministros à disposição. Vamos abordar, então, alguns problemas que podem nos ajudar a fazer uma autoavaliação sobre isto e, quem sabe, progredir para um trabalho em equipe que ajude nossas comunidades.

Uma questão fundamental que sem dúvida atrapalha o trabalho em equipe é a insegurança pessoal. Quando eu não estou certo quanto às minhas aptidões e pontos fortes passo a ver o outro como uma ameaça. Basta uma pessoa elogiar o colega na minha frente para que eu fique enciumado. A insegurança não me permite dar ao outro o espaço para que ele realize aquilo que ele faz muito melhor do que eu. Assim, mesmo trabalhando pelos mesmos propósitos, acabamos instaurando um clima de competição e, até mesmo, boicote. Afinal de contas, para que eu me sinta valorizado preciso ver o outro abaixo de mim.

Se for este o caso, então, realmente ficará muito difícil estabelecer um trabalho em equipe que seja produtivo, saudável e eficaz. Pois o clima de confiança, tão indispensável, não existirá. Antes de compor uma equipe de trabalho, preciso, então, estar resolvido comigo mesmo. Uma pessoa insegura tende a utilizar o próprio ministério para receber aquilo que lhe falta na busca por autoestima, auto confiança, amor próprio. Quando ainda não nos convencemos de que o amor e a aprovação de Deus nos bastam, então, continuaremos a buscar a aprovação dos homens!

Compartilhar o ministério depende, essencialmente, de humildade, espírito de cooperação e uma profunda consciência a respeito de quem é o verdadeiro Senhor da Igreja. Todos nós gostamos e até precisamos de reconhecimento e elogio. Mas, se nosso agir depende disso, então, quem sabe, esteja na hora de buscarmos uma terapia. E, talvez, seja este o primeiro passo para um ministério saudável a serviço do reino de Deus e não uma mera busca por identidade e auto afirmação. Trabalhar com outras pessoas começa com a possibilidade de ser eu mesmo diante dos meus colegas.

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